sexta-feira, 13 de junho de 2008

Amores Diversos - sobre o nosso recital.



A sensualidade e a criatividade tomou conta do Espaço Castro Alves da Saraiva Mega Store no último dia 8, com o nosso Recital Amores Diversos, onde falamos de poemas de amor e erotismo, com temas desde início dos tempos a mais modernos, até mesmo por que hoje “A indecência pode ser normal, saudável...” desde que não vá para o cérebro, e se torne obscena, viciosa.

Assim, gostaríamos de agradecer a presença de todos que nos prestigiaram com a sua presença. Também é preciso agradecer à Saraiva, na pessoa de Simone que estabeleceu conosco mais que uma parceria, uma cumplicidade; à Paperball Productions, que tem nos acompanhado em nossas apresentações e ajudam a eternizá-las e a levá-las a quem não pôde vir, através da filmagem e produção primorosa dos nossos dvd’s; e também à Escola Lucinda de Poesia Viva.

O processo de criação e preparação dessa apresentação, devemos dizer, foi ao mesmo tempo sofrido, desafiador, divertido e prazeroso pra nós. Apareceu o desejo de fazermos um recital com poemas de amor e eróticos. Seguimos guiados pelo desejo e decidimos montar o recital. Na primeira fase de preparação, que é a escolha dos poemas, a gente foi se apaixonando por esse ou aquele poema. No dia seguinte, aquele poema já não dizia mais nada. Troca-se o amor de um poema pra outro. Detalhe, o outro já tem ‘dono’. Começam as negociações, as guerras. Gente com olho grande no poema do outro, gente negociando troca de poema, gente querendo desistir de poema e o grupo pressionando pra o poema ficar, ou quem vai adotar os poemas órfãos que devem permanecer no repertório, gente em crise com o vocabulário do poeta, gente se deleitando com o escolhido. Enfim, um caos: que é o início de tudo!

Escolhidos os poemas vamos para a compreensão, a busca das imagens. Falar poesia com a palavra VIVA e pulsante. O grupo junto, estudando os poetas, a época, as expressões, o contexto do texto, as palavras desconhecidas. Todo mundo se ajudando numa construção coletiva.

Depois vem a fase das leituras, da memorização e de dar... o Poema! A memorização nos põe em milhares de situações inusitadas, tem gente falando sozinha enquanto dirige, tem gente brigando na frente do espelho, tem gente imaginando o que o poeta viveu pra escrever aquilo, tem gente fazendo caras e bocas sem se dar conta de que está em lugar público, gente falando poema enquanto escova os dentes... Aí, chegam os ensaios. Essa é a fase mais desafiadora: emprestar o próprio corpo com os sentimentos e gestual, e a própria voz para dar expressão e vida a um poema, diante do olhar do outro. Sim, porque é diferente de falar sozinho, ou no espelho. O desejo e o medo de receber as observações e críticas para melhor sintonizar o dito com o que se quer dizer. Afinar o sentido (compreensão) com o sentido (emoção). Geovana, professora da Escola veio do Rio e passou a semana do recital conosco, trabalhando cada um de nós com ‘nossos’ poemas.

Enfim, há um caminho que antecede e tece o recital. E um novo caminho se inicia depois dele... Já temos uma provável data para a reapresentação desse recital: Dia 20 de julho, também na Saraiva (Salvador Shopping) e horário ainda não definido.

Nossa próxima empreitada será pelos versos de Fernando Pessoa e seus outros eus. Ele estaria completando 120 anos de nascimento hoje, 13.06. Em breve, postaremos maiores informações sobre ele e sobre o recital em sua homenagem.

Por isso aguardamos a visita de todos vocês aqui no nosso blog, mensagens pelo nosso e-mail (apoesiaquandochega@gmail.com) e, acima de tudo, com a sua presença em nossas próximas apresentações.

Para terminar, segue o link do vídeo que, por problemas técnicos, não conseguimos exibir no momento da apresentação. http://br.youtube.com/watch?v=hbBDD-IPeSY .

“A Poesia Quando Chega...”

Um comentário:

Dior disse...

Por que Joel Leal, meu amigo, não está nessa foto? Grande abraço.